Em debate com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, integrantes da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul questionaram na última quarta-feira (21) a proposta de criar um parlamento sul-americano, com sede em Cochabamba, na Bolívia. A informação foi divulgada pela agência Câmara.
De acordo com o presidente da Representação, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), o Parlamento do Mercosul está em processo de construção e seria irracional pensar em um novo fórum. No seu entendimento, essa criação tem que passar pelo Parlamento do Mercosul, até como forma de respeito ao dinheiro público que é gasto na implementação dessas instâncias.
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR), por sua vez, defendeu o diálogo entre o Parlamento Andino, do qual fazem parte representantes da Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, e o Parlamento do Mercosul. Para ele, esse espaço de debate entre os dois parlamentos seria um bom começo para, no futuro, se pensar em um fórum legislativo da Unasul.
Amorim afirmou que a Unasul é um passo importante para a criação de uma área de livre comércio na América do Sul. No entanto, ele informou que não existem prazos para a implantação de um braço legislativo da entidade e lembrou também que o Parlamento do Mercosul surgiu 12 anos depois da criação do bloco comercial. O ministro apoiou a proposta de Dr. Rosinha de iniciar o diálogo entre os dois parlamentos, incluindo representantes da Guiana e do Suriname.
Formada pelo Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela, a Unasul realizou na última sexta-feira (23), em Brasília, sua Cúpula de constituição.
(Equipe Arko América Latina – americalatina@arkoadvice.com.br)