Thiago de Aragao

Posts Tagged ‘democracia’

CUBA: “Mais do Mesmo”

In Cuba on fevereiro 28, 2008 at 11:27 am

A saída de Fidel Castro do posto de “Comandante Chefe” do governo cubano não representa a mudança que muitos esperam. Sua saída voluntária do governo demonstra que a política dos EUA de pressionar Cuba por 50 anos não funcionou. Fidel resolveu sair porque sua condição física não suportava mais e não por pressão de Washington.A entrada de Raúl Castro representa o continuísmo. Informações diretas da ilha garantem que Raul é menos flexível do que seu irmão, menos carismático e não terá medo de adotar fortes medidas para diminuir a onda de “oba-oba” que se instalou na mídia internacional desde que Fidel anunciou seu afastamento.

Simbolicamente, a saída de Fidel do posto político mais alto do país é um grande feito. Sendo uma das figuras do século XX, Fidel é o único personagem ativo de um mundo polarizado e tenso. Sua imagem, hoje, vale mais do que suas mensagens e sua capacidade de convencimento. Em um mundo onde as idéias socialistas do passado são consideradas utópicas e às vezes até ridículas (principalmente tendo Hugo Chávez como principal porta-voz do socialismo pré-89), Fidel era a lembrança de um mundo que não prosperou, que não soube perder.

Cuba se manterá como está durante algum tempo. Raúl Castro é apenas cinco anos mais novo do que Fidel e com uma saúde longe do ideal. Seu legado não resistirá muito tempo. Por mais que a ilha continue dentro do “mais do mesmo”, Raúl Castro representa uma substituição aos 43 minutos do segundo tempo, de um jogo perdido há 19 anos.

(Equipe Arko América Latina – americalatina@arkoadvice.com.br)

CUBA: Ex-ministro brasileiro diz que saída de Fidel abrirá economia na ilha

In Cuba on fevereiro 22, 2008 at 10:35 am

A renúncia de Fidel Castro do poder em Cuba abrirá áreas da economia na ilha que antes não estavam abertas ao capital estrangeiro, afirmou ontem o ex-ministro-chefe da casa Civil brasileira, José Dirceu, em entrevista à rádio Eldorado. Segundo ele, o país se apóia basicamente no turismo e exportação de serviços médicos, mas é rico em minerais como o níquel e o calcário. As informações foram divulgadas pela agência Reuters.Dirceu disse que Cuba tem uma das maiores reservas de calcário das Américas, e por isso pode ser um grande exportador de cimento, apesar de exigir muita energia. No entanto, ele lembrou que a questão energética melhorou muito com o apoio da Venezuela na reestruturação do setor.

O ex-ministro brasileiro, durante o seu exílio, trabalhou, recebeu treinamento militar, estudou na ilha e lá fez uma cirurgia plástica para alterar sua aparência. Retornou ao Brasil, definitivamente, em 1980, com a anistia política.

(Equipe Arko América Latina – americalatina@arkoadvice.com.br)

CUBA: Cubanos residentes em Miami evitam otimismo com futuro da ilha

In Cuba on fevereiro 21, 2008 at 10:57 am

Serenidade e ceticismo. Essa foi a reação dos exilados cubanos residentes em Miami (EUA), após Fidel Castro renunciar a presidência de Cuba. Na avaliação feita pelos exilados, não haverá grandes mudanças na ilha. Em entrevista concedida à agência Efe, Tony Alfonso (ex-professor da uma escola) “é o fim de uma era, a era Fidel Castro. Porém, não é o final do castrismo porque Raúl Castro representa o continuísmo”. De acordo com Alfonso, “Raúl fará pequenas mudanças para manter-se no poder”.A avaliação desse exilado vai no mesmo sentido da realizada por analistas, ou seja, as mudanças a serem realizadas serão tímidas. Além disso, o professor Jaime Suchlicki (professor da Universidade Miami) acredita que “poderá ocorrer um aumento da repressão interna para conter reações populares que desejam mudanças”.

Outra situação que não pode ser descartada é o maior interesse do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na transição cubana. Por ser o maior representante do sentimento anti-americano na América Latina, o Chávez deverá ter mais interesse em Cuba devido à representatividade de seu símbolo para a esquerda na região.

(Equipe Arko América Latina – americalatina@arkoadvice.com.br)

MÉXICO: País normalizará relações financeiras com Cuba

In Cuba, México on fevereiro 20, 2008 at 7:02 pm

Com o objetivo de normalizar as relações financeiras e comerciais, México e Cuba firmarão um acordo para reestruturar a dívida de US$ 400 milhões que os cubanos possuem com os mexicanos. A informação foi divulgada pelo Bancomext (Banco de Comércio Exterior do México).De acordo com a agência Efe, esse acordo encerrará a interrupção de seis anos das relações financeiras do México com o Banco Nacional de Cuba. As negociações ocorreram por meio de uma iniciativa do presidente do México, Felipe Calderón. Essa dívida de Cuba com os mexicanos foi contraída no início dos anos 90 e deixou de ser paga em 2002. Os recursos haviam sido destinados para a ilha promover programas de financiamento que permitiram as empresas mexicanas estabelecer canais comerciais com Cuba.

No ano passado, o comércio entre os dois países atingiu US$ 200 milhões. No entanto, na década de 90, esse valor era de US$ 435 milhões.

(Equipe Arko América Latina – americalatina@arkoadvice.com.br)

CUBA: França espera abertura democrática na ilha

In Cuba on fevereiro 19, 2008 at 6:21 pm

Com a renuncia de Fidel Castro, a expectativa é que o país siga o caminho da democracia. A afirmação foi feita pelo secretário de Estado da França para Assuntos Europeus, Jean Pierre Jouyet, em entrevista concedida a rádio francesa Europe 1. “Não podemos fazer mais do que desejar que esse país siga o caminho da democracia”, afirmou ele.No seu entendimento, o castrismo era o símbolo do totalitarismo. Além disso, Fidel Castro não entendeu as evoluções do mundo nos anos 70 e 80, como também não soube interpretar a queda no muro de Berlim e o desmoronamento da ex-União Soviética.

Porém, Jouyet reconheceu que Castro “garantiu uma certa independência frente á forte presença dos EUA na América Latina”.

(Equipe Arko América Latina – americalatina@arkoadvice.com.br)

EQUADOR: Correa afirma haver democracia na Venezuela

In Equador, Venezuela on dezembro 18, 2007 at 4:57 pm

O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou neste domingo (16) que o resultado desfavorável do referendo no princípio do mês ao seu colega venezuelano Hugo Chávez demonstra que há uma democracia plena nesse país. As informações foram divulgadas pela agência Efe.Correa disse também, em diversas oportunidades, que admira Chávez, a quem considera um amigo. Ele destacou ainda que Quito e Bogotá mantêm um diálogo fluído, ao referir-se às relações com a Colômbia. No entanto, o líder equatoriano ressaltou que seu vizinho do norte deve aumentar a vigilância na área fronteiriça.

“As diferenças ideológicas entre governos são irrelevantes e o importante é manter o diálogo em função do bem dos povos”, complementou Correa, um economista de esquerda.

(Equipe Arko América Latina – americalatina@arkoadvice.com.br)