Thiago de Aragao

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Entrevista Exclusiva: Senador Cristovam Buarque comenta conflito entre Venezuela, Colômbia e Equador

In Colômbia, Conflito Colômbia-Venezuela-Equador, Entrevista, Equador, Venezuela on março 5, 2008 at 7:05 pm

A Arko América Latina, em entrevista exclusiva, conversou com o presidente da CE (Comissão de Educação, Cultura e Esporte), senador Cristovam Buarque (PDT-DF), também membro da CRE (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional), a respeito do conflito ocorrido essa semana entre a Colômbia e o Equador. No último sábado, uma operação militar colombiana deu início à crise em território equatoriano. Na operação, os colombianos mataram um dos comandantes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Raúl Reyes.Arko América Latina: A morte do líder número dois na hierarquia das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Raúl Reyes, gerou uma crise diplomática de grandes proporções para Venezuela, Equador, e Colômbia. No seu entendimento, que conseqüências isso terá na relação entre essas nações? Haverá um rompimento definitivo?

Cristovam Buarque: A crise além de diplomática também é militar, e é muito séria. O governo do Equador, por um lado, tem de dar uma resposta à opinião pública do seu país, bem como aos países vizinhos. A Colômbia, por outro lado, se vê numa posição geográfica fragilizada: Equador de um lado, Venezuela do outro, e às FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) dentro do seu território. O presidente colombiano, Álvaro Uribe, está tentado a pedir a ajuda dos EUA, o que poderá fazer a situação sair de controle, provocando manifestações frente à embaixada norte-americana.

AAL 2: Alguns analistas sustentam que a ameaça de Chávez sobre uma eventual “guerra latino-americana” tem como objetivo buscar uma união interna de seus partidários. O senhor concorda com isso? Por quê?

CB: Desde as pequenas guerras já ocorridas em nosso continente (a do Paraguai, Chile-Bolívia e Peru-Equador), não há registro de algo tão sério como essa ameaça de guerra na América Latina. É comum essa iniciativa do Chávez em tentar uma união interna de seus partidários. Na história, até mesmo recente, há precedentes para isso. Veja o caso da guerra do Iraque, na qual o presidente americano Bush se valeu desse incidente para unir o seu país. Há também o exemplo da reestruturação econômica na Argentina, onde a forte crise ocorrida no país serviu para unir os seus cidadãos.

AAL 3: Na posição de maior país da América do Sul, como o senhor avalia a atuação do Brasil no conflito?

CB: Em primeiro lugar, acredito que o Brasil não deva entrar sozinho nesse conflito latino-americano. Em segundo, é preciso aproveitar a liderança do nosso presidente Lula e do ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para atrair países a apoiá-los diante desse cenário.

(Equipe Arko América Latina – americalatina@arkoadvice.com.br)

Bush manifesta apoio incondicional à Colômbia

In Colômbia, Conflito Colômbia-Venezuela-Equador, Equador, EUA, Venezuela on março 5, 2008 at 4:35 pm

O presidente dos EUA, George W.Bush, manifestou seu apoio incondicional à luta do seu colega colombiano Álvaro Uribe, contra as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Em discurso realizado na Casa Branca, Bush disse que os norte-americanos estão do lado da Colômbia contra o Equador e a Venezuela.“Essa é uma questão de segurança nacional, se não cumprirmos com nossos acordos vamos abandonar nosso aliado na América do Sul”, disse o presidente norte-americano.

No seu entendimento, “os republicanos e democratas devem trabalhar ao lado do nosso aliado (Colômbia) contra o narcotráfico, pois esse é o caminho para a paz e a prosperidade”.

(Equipe Arko América Latina – americalatina@arkoadvice.com.br)

CRISE DIPLOMÁTICA(1): A estratégia do governo brasileiro

In Brasil, Conflito Colômbia-Venezuela-Equador on março 5, 2008 at 11:13 am

A estratégia do governo brasileiro para mediar o conflito diplomático instalado na América do Sul após a morte do número dois na hierarquia das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Raúl Reyes, está traçada. Segundo o chanceler Celso Amorim, o país quer a criação de uma comissão de investigação da OEA (Organização dos Estados Americanos) para circunscrever o tema na agenda bilateral e atuar de forma coordenada com outros países.Além disso, o Brasil quer usar todo o peso de sua diplomacia dentro do continente para que a Colômbia faça um novo pedido de desculpas ao Equador. Os brasileiros classificaram como muito grave a violação territorial realizada pelo exército colombiano. Esse novo pedido de desculpas, no entendimento do Brasil, não poderia haver qualificações, ou seja, explicando que ele ocorreu como conseqüência “do combate ao terrorismo”.

No discurso oficial do governo brasileiro, ocorrido ontem, também ficou claro que o país excluirá o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, da questão. A estratégia do Brasil é focar o problema nos dois países envolvidos, Colômbia e Equador. Nos bastidores do Palácio do Planalto, existe a avaliação que a entrada do venezuelano no conflito diplomático é um complicador, pois Chávez aposta na radicalização.

O Brasil pretende amenizar, por meio dessas medidas, a situação política na América do Sul. Caso obtenha êxito, o presidente Lula entraria em campo para selar a paz entre Colômbia e Equador. Antes do distanciamento das relações, não interessaria a Lula se desgastar politicamente entrando na mediação sem garantias de sucesso.

Já os analistas internacionais avaliaram que o posicionamento do Brasil diante da crise foi considerado fraco. No entendimento deles, o país condena apenas a Colômbia e não fala das relações entre o Equador e as FARC. Entretanto, as características da liderança de Lula e o papel que o Brasil exerce no continente podem ser os fatores determinantes para levar o país a conquistar uma vitória diplomática.

(Equipe Arko América Latina – americalatina@arkoadvice.com.br)

CHILE: Bachelet acha que Colômbia deve explicações à América Latina

In América Latina, Chile, Colômbia, Conflito Colômbia-Venezuela-Equador, Equador, Venezuela on março 5, 2008 at 11:09 am

A Colômbia deve uma explicação ao Equador e a todos os países da América Latina por ter invadido a fronteira equatoriana na operação que matou o líder número dois das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Raúl Reyes. A afirmação foi feita ontem pela presidente do Chile, Michelle Bachelet, segundo a agência Afp. No entendimento da chilena, as fronteiras entre os países precisas ser respeitadas.Em entrevista concedida à rádio ADN de Santiago, Bachelet demonstrou bastante preocupação com a crise diplomática envolvendo o Equador, a Colômbia e a Venezuela.

Ela disse que entrará em contato com o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, e com seus colegas do Brasil (Luiz Inácio Lula da Silva) e da Argentina (Cristina Kirchner).

(Equipe Arko América Latina – americalatina@arkoadvice.com.br)

COLÔMBIA: Uribe denunciará Chávez ao Tribunal Penal Internacional

In Colômbia, Conflito Colômbia-Venezuela-Equador, Equador, Venezuela on março 5, 2008 at 11:08 am

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, denunciará seu colega venezuelano Hugo Chávez, junto ao Tribunal Penal Internacional por patrocinar o terrorismo. A informação foi divulgada pela rádio Caracol.De acordo com o colombiano, a denúncia será apresentada quando for comprovada a ligação de Chávez com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Com base em documentos encontrados no computador do Raúl Reyes (porta-voz internacional da guerrilha, morto no sábado), o venezuelano teria doado em torno de US$ 500 milhões para as FARC.

Uribe enfatizou ainda que, apesar da crise diplomática, “continuará firme a luta contra o terrorismo e seus patrocinadores, para que a Colômbia se livre de uma vez por rodas deste pesadelo”.

(Equipe Arko América Latina – americalatina@arkoadvice.com.br)